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quinta-feira, março 16, 2006

Na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva

São 15.30 Horas, estou na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, na hora do conto, simples e directa designação de um entretenimento cultural destinado a animar o interesse dos jovens pela leitura e pelos livros, ou seja, pelas histórias que os livros e a leitura proporcionam e desencadeiam. É meu mister contar histórias aos jovens e alunos que chegarem e ocuparem o espaço, ali aquele cantinho em jeito de anfiteatro suave, com almofadas e pufs convidativos. Chega-se lá num pulinho depois de se entrar na Biblioteca, depois de subir as escadas e depois de cumprimentar a menina Celeste, responsável pela secção infanto-juvenil, secção ampla e luminosa onde os miúdos gostam de estar e de circular, uns nos computadores disponíveis e de ligação directa ao mundo, outros por entre as estantes, os carrinhos e as mesas, com acesso imediato aos livros. Não falta espaço e não falta que ver e quem aqui se entretiver até pode nem ler, rima e é verdade, que vejo alunos a fazer os seus trabalhos de casa e vejo uma mãe a acompanhar o seu filhote, ela tão curiosa quanto ele. Mas ali no meu cantinho ainda não está quem espero e suspeito que alguma coisa se passou, medo à chuva, arrependimento de última hora de sair, encontro de outras histórias pelo caminho, sei lá, talvez esta última hipótese seja a mais provável, que já me aconteceu a mim, ter dito que toda a tarde fora ler e toda a tarde estivera a namorar, mas já eu tinha outra idade e já eu lera alguns livros com toda a arte da sedução. Vou-me daqui disposto a outra história, de fim previsível é certo, mas de miolo variado, ou não estivesse no meio de uma história o melhor de muitos finais possíveis.

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