Voltar ao presépio
Já pensei que o Natal pudesse ser
A razão mais ousada e libertária
De um pobre, rebelde, ou guerrilheiro,
À procura desse outro amanhecer:
Em que o povo, de posse igualitária,
Une as mãos e convence o mundo inteiro.
O Natal, estratégia de poder,
Desafio, cruzada visionária,
Testemunha, profeta, timoneiro!
Foi assim. Acabei por me perder.
E o meu sonho, por mão humanitária,
Convalesce, pasmado num pinheiro.
Vou voltar ao Presépio do Menino
E pensar de outro modo o meu destino.
(São os nossos votos de Boas Festas
e de um Ano Novo cheio de sucessos.
José Machado e Albertina Fernandes.
Braga, Natal de 2006)
Sem comentários:
Enviar um comentário