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quinta-feira, outubro 01, 2009

Projecto Malaca XVI e transição para outros

Fica por aqui a minha escrita sobre a experiência de Malaca, agora é tempo de recolher, de interiorizar: trouxe muito que ver, quer ler e que ouvir. Preciso agora de tempo para digerir e estudar, conversar com outros. Já muito está escrito sobre o Bairro Português, já muitas obras estão disponíveis para informação e comentário. O esquecimento por camadas é necessário, sem cuidar que umas sejam labaredas, outras pedras, outras areias.

Deixo aqui duas fotografias que fui buscar ao Álbum Picasa de Manuel Vieira, por sua expressa autorização. Uma das fotos refere-se à dança do branio, com o mestre Noel Felix e sem pijamas. A outra, já próxima, traduz aquele momento dos brindes e saudações, mostra Papa Joe e o Regedor Mr. Pedro e quase eu. Os brindes são formalidade, mas também compromissos de melhor conhecimento, que é o que falta agora para eles terem o futuro que brindaram.

São necessárias hipóteses e leituras num trabalho como aquele que fui fazer, é preciso confirmar impressões ou desmentir estados de alma. A frieza do esquecimento não é para outra tarefa que não esta. Manter-me-ei informado e darei conta de novidades se entretanto vierem a jeito.
Já me disseram que me fez bem ir a Malaca porque voltei mais alegre e divertido, mais animado e animador. Também me disseram que vim mais gordo. Ainda falta o juízo de meus pais e logo verei em quem devo confiar tanta generosidade de comentário.

Agora esta foto de campos à beira da linha do metropolitano automático de Kuala Lumpur, duas carruagens de olhares fugidios e de perspectivas lacunares. Campos são a melhor metáfora dos trabalhos, manuais ou com a colaboração de máquinas controláveis, extensões do corpo, sensores de organização. É o que me espera.

Também podia entrar aqui a escola e entra mesmo: cada plantação é a imagem do horário: duas turmas de Português no 6º ano, dois blocos de Oficina de Língua Portuguesa, um bloco de Formação Cívica, a área de estudo Acompanhdado, uma hora para apoio a alunos, outra para tutoria, duas para a Direcção de Turma, duas para o Conselho Geral - fui eleito presidente do mesmo para quatro anos - quatro horas para o Plano Nacional de Leitura, mais a responsabilidade do projecto TEIP 2, mais a responsabilidade dos novos programas de português. É este o fadário de horas que me espera e presta-se a tudo quanto uns dizem ser de pouco e outros afirmam ser de muito.

Tempos extras: a hora do conto na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, os ensaios e saídas da Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé», duas horas semanais de piscina, 3ª e 5ª das 18.00 às 19.00, mais a vice-presidência da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro em Braga, mais o Conselho Municipal de Educação que agora deve terminar, mais as actas do Clube de Ténis de Braga. O que parece mão cheia pode não ter nada, não é?

Isto atrás fica dito para que saibam os que lêem e depois não estranhem informalismos ou descuidos, má cara e distracção. Um homem não é de pau e este ensimesma e passa em branco muitas e muitos sem querer.

Não vamos desanimar que o tempo de festa e o tempo de amor e o tempo das flores e o tempo dos comes e bebes tudo hão-de equilibrar ou compensar. E há os amigos!

1 comentário:

Anónimo disse...

É verdade Zé "E há os amigos", ainda bem!