(Fotografia gentilmente cedida pela família; integra um documento elaborado na Escola Rosa Ramalho de homenagem ao professor Manuel António Soares Maia - 1950-2012)
Quantas vezes o sol
nos beija o pão!
Quantas vezes a fé
nos abre o mar!
Assim olhamos a flor
no chão,
Assim ouvimos as aves
pelo céu cantar!
Quanta alegria vai
Correndo pelos campos
além:
São os dias para
semear
Com as mãos de toda a
gente de bem.
Quantas vezes o céu
nos marca a voz!
Quantas vezes a dor
nos dobra a luz!
Assim buscamos saber
de nós,
Assim guardamos os
sons que a tradição conduz!
Quanta saudade sai
Dos olhos que nos
falam de amor:
São a água pura que
nos cai
Dos lábios de toda a
gente em redor!
José Machado
Braga/ 2013 - para ser cantado durante a execução do «Vira alegre de Palmeira» numa simbiose de popular com experiência de elaboração melódica. O motivo recolhido é instrumental, nunca lhe ouvi letra, mas sempre considerei que a merecia. Dedico este poema à memória do professor Maia, pessoa com quem trilhei alguns caminhos nestas vivências folclóricas de andar a retomar os sons da tradição.
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