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domingo, março 03, 2013

Vira alegre - a tradição















(Fotografia gentilmente cedida pela família; integra um documento elaborado na Escola Rosa Ramalho de homenagem ao professor Manuel António Soares Maia - 1950-2012)

TRADIÇÃO

Quantas vezes o sol nos beija o pão!
Quantas vezes a fé nos abre o mar!
Assim olhamos a flor no chão,
Assim ouvimos as aves pelo céu cantar!

Quanta alegria vai
Correndo pelos campos além:
São os dias para semear
Com as mãos de toda a gente de bem.


Quantas vezes o céu nos marca a voz!
Quantas vezes a dor nos dobra a luz!
Assim buscamos saber de nós,
Assim guardamos os sons que a tradição conduz!

Quanta saudade sai
Dos olhos que nos falam de amor:
São a água pura que nos cai
Dos lábios de toda a gente em redor!

José Machado
Braga/ 2013 - para ser cantado durante a execução do «Vira alegre de Palmeira» numa simbiose de popular com experiência de elaboração melódica. O motivo recolhido é instrumental, nunca lhe ouvi letra, mas sempre considerei que a merecia. Dedico este poema à memória do professor Maia, pessoa com quem trilhei alguns caminhos nestas vivências folclóricas de andar a retomar os sons da tradição.

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