
Fôramos ali para celebrar anos e encontros, nós, um grupo de gente que se ensarilhou com trabalhos e com dores, como se a roda da fortuna andasse à vez a escolher-nos para nos dobrar a espinha. Encostamo-nos uns aos outros e passamos, cheios de relatos de desânimo, mas aquecidos pela vontade de viver. Valemo-nos, com a esperança de resistir à dor. Temos um sentido demasiado sagrado da nossa fraqueza, mas ainda nos serve como horizonte de palavra e como limite da provação.
Penso em ti todos os dias
e sinto a corrente da montanha
O céu é azul e a luz entranha
as sombras fugidias
do inverno
O rosto é um refúgio
guarda-te a coragem
O vento sopra e o búzio
repete a linguagem
do eterno
Força, meu rapaz!
1 comentário:
Tarde mas não tarde de mais, li este teu post. Obrigado amigo Zé
Joao (o de Genebra)
Enviar um comentário