Seremos bastantes na homenagem e na celebração festiva, mas eu fiquei encarregado de «implicar» por três, a minha própria pessoa, o meu compadre João Alves Dias e o meu amigo Manuel Duarte, porque nós os três fizemos estágio pedagógico com o Guilherme e mais dois colegas, o Campos e o Manuel Ribeiro, na Escola preparatória Diogo Cão em Vila Real no ano lectivo de 1976/77. Eu era o mais novo dos seis e o Guilherme o mais velho. Tivemos como orientadoras, de Português e de História, duas colegas professoras, novas no jeito e na efervescência didáctica, empenhadas e dedicadas, hoje inseridas no nosso círculo apertado de amizades e de referências curriculares, a Fátima Picão e a Helena de Deus. Foi um ano em que nós os seis homens decidimos deixar crescer bigode, para igualitarismos de gestualidade labial e balizamento externo da palavra. Do grupod e estágio, estaremos os três disponíveis. Fui encarregado de compor um «soneto» - a solução clássica - e aqui o deixo à consideração de todos.
Bodas de Ouro
A vossa história é fio condutor
Dos filhos, dos amigos, dos vizinhos;
E quem de vós conversa nos caminhos
Conclui que as vossas rugas são de amor.
Em Deus, o vosso impulso criador,
Acumulou trabalhos e carinhos,
Achou sentido às rosas e aos espinhos
E consagrou em pão todo o suor.
Depois de tantos anos, o futuro
Está nesta esperança de infinito,
De toda a vossa prole e descendência,
A quem deixais o exemplo humilde e puro
De amor, dedicação e sacrifício,
Valores essenciais da existência.
José Machado, Dezembro de 2008
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