I - Uma exposição diferente para uma escola nova:
MODAS ANTIGAS NA NOVA ESCOLA FRANCISCO SANCHES
Para quê?
Para despertar mais conhecimento sobre o nosso tempo actual:
somos diferentes daqueles que nos antecederam, temos outros recursos
tecnológicos, acumulámos mais saberes: Como conseguimos isso?
Para educarmos o nosso sentido de pertença a uma nação, a um
país, a uma região: temos valores patrimoniais, temos uma língua, temos uma
cultura, reconhecemos em nós características que nos distinguem de outros e
temos orgulho em «coisas» nossas.
Para conversarmos sobre o nosso desenvolvimento e o nosso
progresso ao longo dos tempos: conservamos monumentos e documentos, histórias,
trajes, cantigas, danças, imagens, uma lista infindável de objectos e de
memórias, e queremos sempre «melhorar» as nossas condições de vida.
Para aprendermos técnicas e saberes, para fazermos por nossas
próprias mãos, aumentando a nossa criatividade e a nossa autonomia.
A exposição etnográfica - «METADE DE NÓS» - propõe uma viagem
de conhecimento a partir de duas peças do vestuário: a camisa de homem e o
colete da mulher. Estas peças foram feitas com um elevado sentido artístico,
dentro de uma tradição de vestir e de estar em sociedade. Hoje conservam-se e
reproduzem-se não só para testemunharem a progressão e a mudança sociais, mas
também para afirmarem uma identidade cultural regional.
O folclore é a sabedoria de um povo manifestada através de
práticas de vestir, de falar, de cantar, de dançar e de viver que já não são
dominantes na vida atual, mas que são inspiradoras de memórias, de valores e de
situações de vida que se consideram muito significativas para a formação e a
educação das novas gerações.
Aqui ficam algumas propostas para aguçar a curiosidade de ver
esta exposição:
Hoje vestimo-nos de modo mais «primitivo» ou de modo mais elaborado?
A T-shirt veio realizar todas as aspirações de uma camisa folclórica?
A T-shirt veio realizar todas as aspirações de uma camisa folclórica?
O boné e o «cap» herdaram a história do chapéu?
O que terá provocado a falta de uso do colete pelas mulheres?
Sabes bordar? Sabes cuidar de tua roupa?
Interessa-te pelo teu futuro e descobre melhor o teu passado.
Esta exposição foi
concebida pela Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé», um grupo de
pessoas que usa o formato de grupo folclórico para estudar e promover a cultura
popular portuguesa ao longo dos tempos. Este grupo foi fundado na Escola
Francisco Sanches no ano lectivo de 1978/79, tem a sua sede nesta Escola e
alguns professores do Agrupamento e outros já aposentados fazem parte da
associação. Para celebrar esta exposição foi feita uma T-shirt especial que se
poderá adquirir na reprografia da Escola. Aproveita e participa nas iniciativas
que esta exposição vai desenvolver.
A Associação Cultural e
Festiva «Os Sinos da Sé» agradece ao senhor Director do Agrupamento de Escolas
Dr. Francisco Sanches, professor Jorge Amado, a iniciativa desta exposição no
espaço da Biblioteca da nova escola sede de 1 de Setembro a 15 de Outubro e
agradece o trabalho de promoção da mesma à professora Adelaide Abreu e à equipa
de informática.
Texto redigido por José Machado, elemento fundador e diretor
artístico da Associação Cultural e Festiva «Os Sinos da Sé» e presidente do
Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches.
II - Um poema para a abertura do ano lectivo:
9 quadras – 9
argumentos – 9 conselhos – 9 lições
Se
o que é velho tem a sua graça
E
o que é novo parece sempre bem,
Então
a escola agora tem mais raça
E
lança-te o apelo a seres alguém
Que
faz da novidade dos espaços
Projectos
de melhor cidadania;
Que
o novo acalenta os nossos passos
Se
nós os renovarmos dia-a-dia.
A
entrar e a sair seremos muitos,
Por
salas, corredores, campos, serviços;
Com
regras se resolvem os assuntos,
Direitos
e deveres são compromissos.
A
cada um compete a iniciativa
Do
zelo, do cuidado, do respeito,
Por
bens que a despesa colectiva
Gastou
p’ra nosso mérito e proveito.
Os
móveis e as paredes não conversam
(e
elas têm ouvidos apurados):
Mais
servirão os anos que atravessam
Quanto
melhor se virem estimados.
O
mesmo se dirá de toda a flora
Que
envolve o território educativo:
P’ra
boa imagem ser de quem cá mora
Requer
olhar atento e interventivo.
Pilhérias! –
dirão uns – Matéria espúria!
Lançado na
voragem do consumo,
O novo será
vítima da incúria,
Do vírus do
desleixo e desarrumo!
Não!
Eu creio que o novo é sedutor:
(Quem
estreia coisa nova ganha alento)
É
esta a própria essência do amor,
O
novo é elixir do pensamento!
Do
caos, eu suspeito por princípio!
O
sujo, eu combato por missão!
A
entropia existe desde início,
Mas
a raiz do bem é o coração!
José Machado / Grupo 200 / Braga: ano lectivo
2014-2015
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