(Foto tirada de http://www.cm-montalegre.pt/showNT.php?Id=498)
De ti, trago as saudades, meu amigo,
Na forma de um salmo inacabado,
No livro de orações em que persigo
A busca de um sentido partilhado.
A tua companhia foi abrigo
Que tomo por impulso e por recado,
Num tempo que agora corre perigo
De ser pelo futuro amargurado.
Cá em baixo a vida corre, a dança gira,
A estúrdia interpreta mais um vira
E ouve-se um cantar da tradição,
As vozes sintonizam à porfia.
E o salmo fica à espera, mais um dia,
Que a mão de Deus lhe traga inspiração.