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terça-feira, dezembro 25, 2012

O nosso peru de Natal

 
Dizia-se que era muito grande, os preparativos foram cuidadosos e o assamento no forno minuciosamente controlado, mas chegou à mesa com este aspecto. O sabor foi elogiado por todos os comensais. Fizemos votos para que no próximo ano se continue a tradição. Em pequeno, em Jales, não comíamos o peru assado no dia de Natal, mas havia quem o fizesse. Lembro-me de ver os perus no galinheiro da senhora Glorinha, mas nunca os vi matar ou morrer, embebedados que eram por ela e pelo seu marido, o senhor Henrique. Mas também nunca os vi tomar a piela. Também nunca criámos perus em nossa casa. Galinhas, sim, e galos; agora, para o caso, temos lá um galo que se atira a meu pai e a quem for ao galinheiro, atira-se e pica, não desiste, está um galifão de primeira, autêntico rei da dezena de poedeiras que o vassalam. Mais tarde, ao jantar, voltaremos a acertar contas com a espécie.

domingo, dezembro 02, 2012

NATAL 2012



A vaca, o burro, o papa e o futuro

À manjedoura vão os animais
E um dia lá encontram o Menino.
À espera de qual seja o seu destino,
Põem-se, então, ao lado de seus pais.

Muitos anos depois, veio nos jornais
Que um papa considerara desatino
Ver vaca e burro junto do Divino,
Sem tal constar nos textos factuais.

Fui ler que disse o Papa e percebi
A junção de pobreza e humildade
Que a Tradição fazia em textos seus:

A própria natureza estava ali,
Com Reis, pastores e pais, em unidade;
Chegara a hora de conhecer Deus.

E com esta história,
O burro e a vaca
Cantaram vitória
Porque até o Papa
Fez compreender
Que nenhum presépio
Os deve esquecer.

Com votos de Boas Festas.
José Machado e esposa.
Braga. 2012.