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domingo, setembro 02, 2012

Vem, ó mãe,

Vem
Ó mãe
Água pura
Raiz do bem
Fonte da ternura
O céu tem o teu rosto
Nas estrelas encrustado
Eu trago em mim exposto
Teu amor sagrado
Mas sou refém
Da saudade
Que arde
Mãe

Fiz este poema há uns anos, minha mãe ainda falava vagarosamente, recorria ao andarilho para se deslocar; musiquei-o como pranto de saudade, cantarolo-o para mim, há dias interpretei-o para ela, ouviu certamente. O poema começa com uma sílaba, vai até às sete e regressa a uma. Publiquei-o num blogue, em homenagem à mãe de amigo conhecido. Penso nesta ousadia infantil de partilhar a minha mãe como ideia que recebi dela própria e de meu pai, pois eles sempre partilhavam os filhos com quem metessem conversa, uma prática familiar enraizada de curriculum vitae.



Na sexta-feira passada, em Raiz do Monte, alguém declarou que meu pai passara a ser o homem mais velho da aldeia, com 85, sendo a mais velha a Tia Gracinda, com 92, esposa do senhor Quintino, já falecido. Seja, por muitos anos!

(As fotografias foram tiradas por meu irmão António na festa dos 88 anos de minha mãe, dia 25 de Agosto p.p. )

2 comentários:

Anónimo disse...



M aravilhosa
A miga
E special

mãe é isso tudo e muito mais.

António Machado disse...

somos nove a dizer

"a mãe é minha!"