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quinta-feira, agosto 26, 2010

O regresso à escola!


1. Antigamente, ainda não há muito tempo, qualquer pai pedia a um professor para tomar em consideração o feitio e o temperamento do seu rapaz ou da sua rapariga quando chegasse o momento da avaliação final.

2. Antigamente, e ainda agora, qualquer rapaz ou rapariga, no momento final da avaliação, pedia aos professores para relevarem a sua preguiça e a sua falta de vontade e atenderem à sua disposição futura de estudar mais e superar todas as dificuldades.

3. Antigamente, e ainda hoje, o presidente da escola e/ou o presidente do conselho pedagógico, pedia aos professores para serem «razoáveis» e atenderem aos factores mais positivos da progressão dos alunos.

Os passos, ou costumes, de 1 a 3 foram sendo fixados na legislação, naquele «eduquês» que todos entendemos.

Hoje em dia, nesta contemporaneidade pós-moderna, o Estado decidiu assumir e resumir todas as modalidades discursivas em que os pedidos de 1 a 3 podiam ocorrer: fim das reprovações!

Finalmente, nós, os professores, ficámos sem desculpas para não ensinarmos e exigirmos o que tem de ser aprendido. Isto, enquanto o Estado não decretar que nada deve ser ensinado!

2 comentários:

Anónimo disse...

Não admiraria nada, afinal não foi o próprio ME que anunciou recentemente o encerramento de escolas afinal algumas "já fechadas"...

gracinda disse...

Explica-me Zé como se fala a uma turma onde tens alunos empenhados e alunos que nada querem fazer?O mais difícil é fazer entender aos alunos que as bases podem definir o futuro, mas isso é discurso para mais velhos ou mesmo adultos...e mesmo para aqueles pais que já valorizam tão pouco a escola, que temos para dizer?E não pertencemos a nenhum grupo de sádicos em que reprovar nos alimenta o ego...Temos atrvassado maus bocados e as nossas esperanças eram outras!