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segunda-feira, setembro 28, 2009

Projecto Malaca XIV - Fotografias

São imagens do convívio de quinta-feira à noite, dia 24 de Setembro, uma festa que Mr. Banerji e Edward Kennedy, membros do painel do Regedor, acharam por bem fazer nos moldes mais informais e relacionais; ocorreu no espaço frontal à casa do Edward, ali pertinho do Índico, pertinho do jetty, cais que entra pelo mar dentro e onde se reúne a juventude durante a noite: ouvia-os do meu quarto, também ali na casa da Gene, a viúva de Gerardi Fernandis, um músico e um estudioso Luso-malaio. Esteve presente o regedor, Mr. Pedro Gomes, estiveram presentes quase todos os dançadores dos grupos, faltaram alguns pequenos do grupo de George Overee, ele próprio também ausente, o tal grupo do museu que já mostrei noutro lugar.














Aqui estão o Joe Lazaroo (Papa Joe), à esquerda, e Edward, imponente. Papa joe é líder de um grupo folclórico, é uma personalidade da cultura local, um músico autor, mas também um peculiar intérprete de canções portuguesas que ganham um colorido especial na sua voz. O Edward já foi o Michael Jakson nos seus tempos de juventude, hoje é um animador cultural, um performer, um comunicador nato, fala cinco línguas fluentemente, inglês, malaio, mandarim, cantonês e tamel, resolve tudo quanto é logística de som e de música, vende artesanato, maioritariamente «country», tem iguanas emcasa, tem gatos persas, tem pavões, é um homem de sete ofícios e de uma disponibilidade contagiante.














Aqui está a Marina, educadora infantil, líder de um grupo folclórico, com o marido e filhos, ela uma animadora da juventude, ele um organizador atento e gestor de boas relações, ambos incansáveis.

Aqui está um grupo especial, em primeiro plano a esposa de Edward, a faladora de português com o sotaque mais parecido ao nosso, mas cantante e alegre; à direita a Gene, minha anfitriã, logo a seguir a Cátia e a Cristiana Casimiro, professora na Universidade de Kuala Lumpur, depois a Agnes, esposa de Mr. Banerji, a seguir ele próprio, a seguir o Gerard, líder de um grupo, depois o Kevin, um dos dançadores, depois o português Manuel Vieira que ali apareceu naquele dia, depois, vindo de trás para a frente, sentado, o Noel Felix, a Marina, o marido desta, um sobrinho de Edward. Tudo o que eu possa dizer desta gente pode soar a circunstância, mas só eu sei quanto lhes ficarei a dever de gratidão e reconforto. A familiaridade constrói-se com o tempo e assume-se nos gestos e nas palavras. Não acabei a noite sem lágrimas, claro está, mas nessa noite também o Índico se desfez em trovoada e descargas de electricidade. Eu adormeci de janela aberta, ventoinha ligada e sossego de consciência. Nesta noite não se me cobraram fantasmas nem fantasias e destas precisava eu, mas tinha longe quem eu queria.

1 comentário:

Maria Cristiana Casimiro disse...

Muito bonito, de novo, José! E de sentir profundo, que compreende quem lá esteve e assitiu, mas mesmo quem lá não esteve, pode inferi-lo, pelas palavras escritas. Vão todos ficar tão felizes, quando voltares, para o ano... A Associação já está a pensar nisso!... Bom retorno à escola!E que as tuas histórias possam dar melhor a conhecer este cantinho da Malásia onde, como que inexplicavelmente, Portugal deixou tantas sementes...