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terça-feira, dezembro 16, 2008

Meu rapaz!

Foi tirada no Nariz do Mundo, em dia ensolarado, mas frio, depois de almoço. A madrinha e o afilhado, o nosso Zé Carlos, pode ser a legenda mais acertada, dado que não se vê quem os rodeava e quem lhes elogiava o gesto, pai e mãe e irmão e cunhada e amigos do peito.
Fôramos ali para celebrar anos e encontros, nós, um grupo de gente que se ensarilhou com trabalhos e com dores, como se a roda da fortuna andasse à vez a escolher-nos para nos dobrar a espinha. Encostamo-nos uns aos outros e passamos, cheios de relatos de desânimo, mas aquecidos pela vontade de viver. Valemo-nos, com a esperança de resistir à dor. Temos um sentido demasiado sagrado da nossa fraqueza, mas ainda nos serve como horizonte de palavra e como limite da provação.

Penso em ti todos os dias
e sinto a corrente da montanha
O céu é azul e a luz entranha
as sombras fugidias
do inverno

O rosto é um refúgio
guarda-te a coragem
O vento sopra e o búzio
repete a linguagem
do eterno

Força, meu rapaz!

1 comentário:

Anónimo disse...

Tarde mas não tarde de mais, li este teu post. Obrigado amigo Zé

Joao (o de Genebra)