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segunda-feira, março 05, 2007

Andamos atrás daquela coisa linda!

Da esquerda para a direita e de trás para a frente: O João Miguel e a Eliana, casados no Verão passado, ainda em lua de mel e de trabalho na Suiça, quadros de uma multinacional, depois a Tininha encostada à parede da capela do Sameiro, com a Ana, nossa comadre e mãe do João Miguel, na posição de saberem o que a fotografia celebra, o rapaz alto é irmão da Eliana e da mocinha sorridente que está ligada à cadeira do Zé Carlos, nosso afilhado, irmão do João Miguel, a recuperar de uma intervenção complicada, logo atrás a mãe da Eliana e dos dois jovens, depois, ao fundo, o senhor Magalhães, o pai da Ana, com a Olga Castro à sua frente, de óculos escuros, depois o João , nosso compadre, marido da Ana, a estriar chapéu de anos, com a dona Conceição, sua sogra, à frente, finalmente o senhor Soares, pai da Eliana e a Fátima, amiga de todos nós, colega de nosso compadre em lides de profissão. Eu fui o fotógrafo e a necessidade que nos juntou ali, na esquina nordestina, fria e ventosa do Sameiro, foi um acaso de felicidade, pois numa recuada noite de Primavera, ali cantáramos, os quatro, nós os dois, a Ana e o João, um dos cânticos que o João e a Eliana haveriam de ouvir no seu casamento, e o transmitíramos por telemóvel para a Suiça. Tinhamos jantado no Maia, o restaurante do lugar a que nos sentimos particular e afectivamente ligados, não obstante o apreço pela qualidade dos seus serviços. Desta vez, tornámos àquele restaurante para celebração do aniversário de meu compadre, numa assumpção de família alargada e numa partilha de louvores e parabéns, embora muito macerados neste sofrimento de nosso afilhado. Quando o sorriso volta aos rostos, o cimo deste monte completa-lhe o sentido, fustiga-o de luz e de vento, refrigera-o, conserva-o. Cantámos na capelinha um cântico a Maria, na versão poética que eu fiz da melodia de António Variações dedicada à sua mãe, naturais de Amares, como toda a família de Eliana. São momentos que acabam por ser outra coisa mais do que foram pensados, dados ao impulso das emoções e desta dificuldade em fotografar o que nos vai na alma.

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