Pesquisar neste blogue

segunda-feira, outubro 23, 2006

Também se escreve e fala e canta para quem já foi

Foi no pretérito dia 20 de Outubro, sexta-feira, à noite, que a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro em Braga fez a homenagem póstuma ao seu associado Nuno Pacheco Álvares Pereira, falecido em Março deste ano, após doença incurável. Retenho a minha própria síntese: homem bom, satisfez um percurso de vida onde pontuaram os valores da terra, da família e da dedicação profissional; sócio voluntário, deixou as marcas da ponderação e da exigência, duas dosagens que o bom senso precisa sempre de combinar na gestão da vida associativa. Lembrei-me de musicar um soneto que ele escrevera na juventude, meio emprestado por um irmão mais poeta do que ele, mas saudoso, como ele, das dores que o futuro sempre reserva a todos. Ficou tudo num pequeno livro de mão ou de gaveta, mas feito com parte do entusiasmo que o amigo falecido deixou nos seus pertences. O mais tenho de agradecer ao Rogério Borralheiro que me ajudou neste trabalho e à família do Nuno, esposa e filhas, que se disponibilizaram para me ouvir e informar do que quis saber. Agradeço também ao António Castanheira a mestria do acompanhamento musical nos sons que me expuseram, mas a vida é mesmo assim, alguém tem de dar a voz e o rosto ao que todos gostaríamos de fazer ou de ter feito.

Sem comentários: