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quinta-feira, maio 04, 2006

Viagem a Paris II

Depois da paragem na área de descanso, servida de tudo, prosseguimos até Poitiers, onde a paragem deu para descortinar um centro de cidade movimentado, com uma vista exterior da catedral e uma passagem pelas ruas de comércio, agora com entrada para compras, um boné de pála a direito, como por cá já vira o meu sobrinho e por isso o desejara. Foi ocasião para merendar, aliviar e voltar à estrada, com ideia de ainda irmos dormir a Paris, o que se conseguiu nos vagares que a auto-estrada e o «périphérique» permitiram. A Praça de Itália assustou-nos com a sua rotunda caótica, ao estilo passe quem puder, mas o caminho para o hotel descortinou-se bem. Ali perto residia minha irmã e lá fomos fazer a marcação da hospedagem para os dias seguintes. Depois, o jantar, quase ceia, depois um passeio pelas ruas do sítio, com aquela familiaridade urbana de noctívagos e de transeuntes que temos por cá, como se os habitantes da noite possuíssem uma tipicidade urbana universal, isolados, lentos, vagabundos de si próprios ou das lojas mais iluminadas ou das paragens dos transportes públicos. As marcas da arrumação ou da desarrumação urbana também se pareciam nossas, mas pouco a pouco iam-se configurando mais urbanizadas, mais polidas, umas e outras, mais indicadoras e indicativas de si próprias, mais acauteladoras de bem-estar comum. Dormimos então com a novidade de estarmos em Paris. E dormimos bem que foi preciso minha irmã telefonar-nos a avisar de que o pequeno-almoço já estava a arrefecer. Boa, minha irmã, foi mesmo essa ideia dos «croissants» e das variedades de queijo e do salmão fumado, o que deu à nossa primeira manhã de Paris o encanto da cozinha da família.

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