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terça-feira, maio 30, 2006

Bolonha!

Força, Zé Carlos!
Só temos palavras, eu e tua madrinha, e elas não te farão agora grande precisão, mas nós precisamos de as deixar aqui, neste espaço de circulação livre, ao vento dos cliques e dos impulsos digitais, para que as leias ou elas te cheguem referidas por outros que as vejam e delas façam assunto na praça pública deste lugar de todos. Precisamos de ti como prova da esperança e da confiança nos médicos e na ciência médica, e queremos que tu mostres a determinação com que te formaste na sabedoria de outros corpos. Precisas de coragem para viveres o teu futuro e vais recolhê-la em ti mesmo, que a coragem e a determinação hão-de sair-te da pele como segredo que tinhas e não sabias até onde podia ir. Depois já saberás ajudar-nos melhor. Temos, misturada nas palavras, uma vontade de sentido que não sai, que não sabemos como exprimir, que só os olhos e a respiração poderiam ajudar a transmitir-te. No dia do ensaio, no Porto, em Ramalde, a tua presença aumentou essa vontade de dizer o que agora não nos vem, mas é esse sentimento que te queremos passar nesta mensagem, aqui, neste lugar do mundo: há em nós um desejo de te acompanhar, estamos já quase a chegar ao pé de ti, já ouvimos os teus passos, vais seguro, aguenta, o caminho depois alarga-se e vais encontrar uma passagem mais bonita, nessa altura já andaremos lado a lado, com mais tempo para fazer todo o caminho pela frente. Zé, não escolhemos sofrer, mas podemos escolher o sentido a dar ao nosso sofrimento, podemos escolher a música que o redima e o celebre. Procura no teu íntimo esses sons, mistura-os com os nossos. Um beijo dos padrinhos.

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